PORTO ESPERIDIÃO-MT
As
origens históricas de Porto Esperidião se ligam às de Vila Bela da Santíssima
Trindade. Mas os primeiros acontecimentos não levaram à formação de um povoado
pelo menos estável.
A
Comissão Rondon instalou um posto telegráfico às margens do Rio Jauru, dando
início ao povoado de Porto Salitre.
A
denominação fazia referência à região de salinas, onde o ancoradouro se
encontrava. Era um barreiro procurado pelos animais, que o lambiam. As célebres
salinas são conhecidas desde as primeiras penetrações pela região, ainda no
século XVIII.
A
25 de agosto de 1898, o engenheiro Manoel Esperidião da Costa Marques deu
início, em São Luíz de Cáceres, a estudos da navegabilidade do Rio Jauru, desde
a barra com o Rio Paraguai até o Porto do Registro. Depois se propôs a
construir estradas de ferro.
O
dr. Esperidião nasceu em Poconé e foi destacado político, tendo participado da
redação da Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil. Faleceu,
prematuramente, de malária, após uma expedição para medição e demarcação de
seringais na região do Rio Guaporé.
Em meados de 1950 foi desativada a rede de telégrafo. Em 1956, foi construída a segunda e última ponte de madeira sobre o Rio Jauru, sendo que a atual ponte de concreto foi aberta ao tráfego em 1982.
A Lei Estadual nº 5.012, de 13 de maio de 1986, criou o município.
Fonte: Enciclopédia Ilustrada de Mato Grosso, Autor: João Carlos vicente Ferreira - Cuiabá: Buriti, 2004. Anuário Estatístico de Mato Grosso 2005, Associação Mato-Grossense dos Municípios-AMM
CURUSSÉ CHIQUITANO
Curussé Chiquitano é um
folclore típico mato-grossense desenvolvido na região de Porto Esperidião,
misturando a dança ameríndia com a religiosidade católica e festa carnavalesca,
visto ser suas apresentações ligados a data do carnaval. Esse folclore é muito
prestigiado na região e é apresentada em sua maioria pelos descendentes dos
bolivianos e brasileiros denominados de Chiquitanos, contando sempre, com
participação maciça de moradores locais e visitantes. Devido a diminuição
constante que vem ocorrendo a cada ano desse folclore nas festas carnavalescas
que são período de sua apresentação é que estamos enpenhados com este propósito
de fortalecimento da identidade chiquitana com intuito de preservação e
conhecimento desse folclore rico de história, curioso e que possui um cenário
invejável que vale a pena registrar e cultuar como um produto de real
importância para as futuras gerações.
Porto Esperidião é um
município em constante crescimento e vem somar em Mato Grosso com seu
desenvolvimento crescente e acelerado. Nós portoesperidiãoense sentimos orgulho
do nosso município e queremos mostrar e cultuar o nosso folclore que é rico de
história e amor aos nossos ancestrais que na sua maioria descendentes de
bolivianos-Chiquitanos, visto ser o município situado aproximadamente à 78 Km
da fronteira Brasil/Bolívia.
O folclore principal
desenvolvido na região e muito apreciado é o Curussé, uma dança animada e que
acompanhado no mesmo período do Carnaval Brasileiro e reúne toda a população
que prestigia a dança na qual é apresentada em sua maioria, pelos descendentes
dos Bolivianos-Chiquitanos. Nas apresentações, que hoje é composto por apenas
dois grupos, possui uma Rainha, um Rei, uma Princesa e um Príncipe que são
escolhidos anualmente pelos membros e a população presente. O Curussé é uma das
Festas tradicionais brasileira e expressa a alegria carnavalesca e promove a
integração social. A dança ameríndia traz consigo elementos que reconhecem a
Identidade coletiva sem negar a sua identidade específica, a do Chiquitano.
Este grupo étnico expressa a
construção social coletiva que se tornou a sua característica principal. O
elemento fundamental do ritual chiquitano transcorre por vários momentos na
qual a Fé, a Reza, os Alimentos Comunitários, a Dança Coletiva, a Musicalidade
e a união de todos constituem a Religiosidade e a possibilidade do rito
existir.
Justifica-se esta apresentação
primeiro por buscar divulgar este belíssimo folclore que vem desaparecendo
anualmente da nossa cidade e segundo por buscar através do Festival de
Olímpia-SP, uma nova projeção no contexto nacional e, também, como forma de
prestigiar para perpetuar esta rica atividade que vem coroar o nosso município
de grandeza das nossas raízes.
GRUPO ASA BRANCA
Surgiu em 1993 na gestão do Prefeito Donizete Tiago Cabral e o 1º Festeiro foi Antonio Maconhão Poquiviqui e Dona Angelina Chué Poquiviqui. O Curussé realizou-se em sua residência - localizado na Rua Paulo Veríssimo, 540 – Bairro Aeroporto. Com os vestuário branco. Rei José Carlos de Oliveira e Raninha Maria Castedo
GRUPO NATIVO
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