O lambadão cuiabano (também conhecido como lambadão) é um estilo de música e dança característico da baixada cuiabana, especialmente nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, no estado brasileiro de Mato Grosso.
Trata-se de um ritmo rápido e característico da periferia, que sofre com o preconceito, especialmente contra as versões mais sexualizadas da dança. Em 2009, foi promovido o Primeiro Festival de Lambadão de Cuiabá.
Em Cuiabá/MT, na comunidade do bairro São Francisco, antigo Quebra-Pote, crianças cresceram vivenciando o cururu e siriri nas tradicionais festas familiares em louvor aos santos padroeiros.
Hoje, trabalham para valorizar a nossa cultura, deixando de ser coadjuvantes e passando a ser protagonistas da nossa história.
Com o desejo de estruturar esta manifestação cultural, em 25 de maio de 2010, o grupo foi registrado e denominado: CORAÇÃO TRADIÇÃO FRANCISCANO.
Com dedicação, empenho e verdadeira expressão de fé, as músicas compostas, a coreografia treinada, o figurino e adereços confeccionados.
A nossa meta é fortalecer e preparar o grupo para crescer com sustentabilidade e com muita honra preservar e valorizar as nossas tradições culturais.
As
origens históricas de Porto Esperidião se ligam às de Vila Bela da Santíssima
Trindade. Mas os primeiros acontecimentos não levaram à formação de um povoado
pelo menos estável.
A
Comissão Rondon instalou um posto telegráfico às margens do Rio Jauru, dando
início ao povoado de Porto Salitre.
A
denominação fazia referência à região de salinas, onde o ancoradouro se
encontrava. Era um barreiro procurado pelos animais, que o lambiam. As célebres
salinas são conhecidas desde as primeiras penetrações pela região, ainda no
século XVIII.
A
25 de agosto de 1898, o engenheiro Manoel Esperidião da Costa Marques deu
início, em São Luíz de Cáceres, a estudos da navegabilidade do Rio Jauru, desde
a barra com o Rio Paraguai até o Porto do Registro. Depois se propôs a
construir estradas de ferro.
O
dr. Esperidião nasceu em Poconé e foi destacado político, tendo participado da
redação da Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil. Faleceu,
prematuramente, de malária, após uma expedição para medição e demarcação de
seringais na região do Rio Guaporé.
Em
homenagem ao dr. Manoel Esperidião da Costa Marques, em 1920, foi alterado o
nome de Porto Salitre para Porto Esperidião. Em
meados de 1950 foi desativada a rede de telégrafo. Em 1956, foi construída a
segunda e última ponte de madeira sobre o Rio Jauru, sendo que a atual ponte de
concreto foi aberta ao tráfego em 1982. A
Lei Estadual nº 5.012, de 13 de maio de 1986, criou o município. Fonte:
Enciclopédia Ilustrada de Mato Grosso, Autor: João Carlos vicente Ferreira -
Cuiabá: Buriti, 2004. Anuário Estatístico de Mato Grosso 2005, Associação
Mato-Grossense dos Municípios-AMM
Curussé Chiquitano é um
folclore típico mato-grossense desenvolvido na região de Porto Esperidião,
misturando a dança ameríndia com a religiosidade católica e festa carnavalesca,
visto ser suas apresentações ligados a data do carnaval. Esse folclore é muito
prestigiado na região e é apresentada em sua maioria pelos descendentes dos
bolivianos e brasileiros denominados de Chiquitanos, contando sempre, com
participação maciça de moradores locais e visitantes. Devido a diminuição
constante que vem ocorrendo a cada ano desse folclore nas festas carnavalescas
que são período de sua apresentação é que estamos enpenhados com este propósito
de fortalecimento da identidade chiquitana com intuito de preservação e
conhecimento desse folclore rico de história, curioso e que possui um cenário
invejável que vale a pena registrar e cultuar como um produto de real
importância para as futuras gerações.
Porto Esperidião é um
município em constante crescimento e vem somar em Mato Grosso com seu
desenvolvimento crescente e acelerado. Nós portoesperidiãoense sentimos orgulho
do nosso município e queremos mostrar e cultuar o nosso folclore que é rico de
história e amor aos nossos ancestrais que na sua maioria descendentes de
bolivianos-Chiquitanos, visto ser o município situado aproximadamente à 78 Km
da fronteira Brasil/Bolívia.
O folclore principal
desenvolvido na região e muito apreciado é o Curussé, uma dança animada e que
acompanhado no mesmo período do Carnaval Brasileiro e reúne toda a população
que prestigia a dança na qual é apresentada em sua maioria, pelos descendentes
dos Bolivianos-Chiquitanos. Nas apresentações, que hoje é composto por apenas
dois grupos, possui uma Rainha, um Rei, uma Princesa e um Príncipe que são
escolhidos anualmente pelos membros e a população presente. O Curussé é uma das
Festas tradicionais brasileira e expressa a alegria carnavalesca e promove a
integração social. A dança ameríndia traz consigo elementos que reconhecem a
Identidade coletiva sem negar a sua identidade específica, a do Chiquitano.
Este grupo étnico expressa a
construção social coletiva que se tornou a sua característica principal. O
elemento fundamental do ritual chiquitano transcorre por vários momentos na
qual a Fé, a Reza, os Alimentos Comunitários, a Dança Coletiva, a Musicalidade
e a união de todos constituem a Religiosidade e a possibilidade do rito
existir.
Justifica-se esta apresentação
primeiro por buscar divulgar este belíssimo folclore que vem desaparecendo
anualmente da nossa cidade e segundo por buscar através do Festival de
Olímpia-SP, uma nova projeção no contexto nacional e, também, como forma de
prestigiar para perpetuar esta rica atividade que vem coroar o nosso município
de grandeza das nossas raízes.
GRUPO ASA BRANCA
Surgiu em 1993 na gestão do Prefeito Donizete Tiago
Cabral e o 1º Festeiro foi Antonio Maconhão Poquiviqui e Dona Angelina Chué
Poquiviqui. O Curussé realizou-se em sua residência - localizado na Rua Paulo
Veríssimo, 540 – Bairro Aeroporto. Com os vestuário branco. Rei José Carlos de
Oliveira e Raninha Maria Castedo
GRUPO NATIVO
Surgiu no início da
gestão do Prefeitio Everaldo Cardoso Leal em 1997, o nome do grupo foi sugerido
pelo Prefeito Everaldo. O Festeiro do Grupo foi o Sr Inácio Castedo e Dona
Luisa Urtado Castedo. O Rei Rosauro e Rainha Rosana, Principe João Nilo e
Princesa Lucileia. – O Curussé foi realizado no Barracão de Palha de babçu de
10x5 metros.
Os Grupos Asa Branca e Nativo estarão marcando presença no 49º Festival de Folclore de Olímpia.
Dança afro da região de Vila Bela da Santíssima Trindade. Esta dança surgiu no período colonial/imperial, quando escravos fugitivos ou transgressores eram aprisionados e castigados pelos Senhores e seus entes queridos solicitavam seu perdão e liberdade dançando o Chorado, em que muitas vezes eram atendidos. Com o passar dos tempos passou a ser realizada ao final da festa de São Benedito pelas mulheres que trabalharam na cozinha.
A coreografia tem um ponto diferente de outras danças mato-grossenses autóctones, devido ao equilíbrio das garrafas na cabeça das dançarinas, as quais cantam e dançam um tema próprio. Procuram manter a garrafa na cabeça, para mostrar que estão sóbrias, isto é, que apesar da festança, ninguém está embriagado. Este passou a ser o significado atual da Dança do Chorado.
A expressão que mais se aproxima desta dança é a “Dança da Galopera”, no Paraguai, que também se dança com garrafa na cabeça. A diferença é que a bailarina não canta, pois o tema é instrumental a base de harpa e violão ou banda marcial. Atualmente a Dança do Chorado é executada pelos componentes do Instituto Tereza de Benguela, como referência cultural do Estado de Mato Grosso.
Em Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital de Mato Grosso, a Dança do Congo representa a resistência dos negros que continuaram na região após a transferência da capital do Estado para Cuiabá, em 1835. Faz parte da Festa de São Benedito que ocorre sempre no mês de julho, em uma segunda feira, quando comemoram o dia do santo negro.
A Dança do Congo é a dramatização de uma luta simbólica travada entre dois reinados africanos. O Embaixador de um outro reino pede ao Rei do Congo a mão de sua filha em casamento, o Rei rejeita o pedido então o Embaixador declara guerra ao Rei do Congo. O motivo da negativa teria sido que o Rei do Congo desconfiava que o Embaixador queria fazer uma traição ao reinado, após o casamento ele tomaria o poder possivelmente matando o Rei, o Secretário e o Príncipe, ficando com a coroa. Em uma outra versão o Embaixador é o mensageiro do Rei de Bamba, que manda pedir a mão da Princesa em casamento.
Os personagens do reinado do Congo são o Rei, o Príncipe e o Secretário de Guerra; do reino adversário aparecem o Embaixador e soldados. A nobreza usa mantos, coroas e bastões coloridos e ornamentados com flores como instrumentos, o Príncipe e o Secretário de Guerra vestem também um saiote com armação de arame e um peitoral em forma de coração como escudo. Os soldados usam espadas, capacetes com pena de ema, flores e fitas, e o cantil que contém uma bebida chamada “Kanjinjim”, feita à base de cachaça, gengibre, canela, cravo e mel que serve para estimular os dançantes.
As flores na indumentária servem para reverenciar São Benedito, como os personagens não podem ficar próximos ao oratório do santo durante a dança, onde colocariam suas flores para promessa, eles arrumam um lugar no capacete, e as fitas representam o próprio oratório.
A movimentação da Dança do Congo é a caracterização da marcha dos soldados, o pulso vertical dos corpos, os movimentos dos braços com as espadas e o ritmo dos pés, dançando ou caminhando, remetem à marcha.
A dança ocorre pela cidade toda, onde os participantes cantam e marcham ao som do ganzá, bumbo e cavaquinho que são tocados pelos músicos-soldados. Os dançantes tem por função também proteger os festeiros que são o Rei, a Rainha, o Juiz e a Juíza que carregam objetos sagrados, e ainda as promesseiras que acompanham o cortejo levando flores em homenagem a São Benedito.
O Grupo Parafolclórico Vitória Régia completou 05 anos de existência no dia 08 de abril de 2013. Resultado do Projeto Arte & Cidadania desenvolvido na Escola Estadual Frei Ambrósio no município de Cáceres, hoje atua como uma dos principais expoentes da cultura de Mato Grosso.
Embora seja um grupo jovem, possui bastante maturidade no que diz respeito a participação em eventos nacionais e internacionais, destacando-se no Encontro Nacional e Internacional de Folclore de Tucumán-Argentina.
Após ter participado durante 03 anos do Festival de Folclore de Olímpia, o Grupo Parafolclórico Vitória Régia foi selecionado para representar e coordenar a homenagem que será feita a Mato Grosso na 49ª edição do evento. Sob direção do professor Fernando Jesus da Silva, o Grupo não tem medido esforços para mostrar a nossa cultura através da dança, culinária, artesanato, entre outros elementos que marcam a identidade mato-grossense.
Com o intuito de democratizar a cultura em Mato Grosso, o Grupo Parafolclórico Vitória Régia desenvolve junto a bairros e comunidades de Cáceres um trabalho social e educativo que visa a inserção de jovens, crianças e adultos em processos de fomento e valorização da cultura pantaneira. Nosso lema é "Lutar sempre, desistir jamais" porque temos a certeza absoluta que por meio de um trabalho honesto e dedicação poderemos atingir todos os nossos objetivos.
Este blog tem o objetivo de divulgar e promover Mato Grosso no 49º Festival de Folclore de Olímpia-SP através de informações sobre os grupos que irão participar, o folclore mato-grossense, lendas, músicas, enfim, uma série de materiais necessários para todos que buscam conhecer a nossa cultura.